São Gonçalo amplia acesso a práticas integrativas com 940 atendimentos em 2025
A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo registrou expressivos 940 atendimentos em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) entre janeiro e agosto de 2025. O balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde contabiliza 706 procedimentos de auriculoterapia e 234 de aromaterapia, refletindo a crescente demanda por tratamentos preventivos e humanizados na rede pública.
As PICs, reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, atuam na prevenção de doenças, promoção do bem-estar e recuperação da saúde com enfoque no cuidado integral. O município oferece atualmente técnicas como auriculoterapia, aromaterapia e Reiki, além de capacitar profissionais para expandir a oferta de serviços, incluindo o curso de Tai Chi Chuan.
Perfil dos usuários e benefícios
O perfil predominante dos usuários é de mulheres entre 30 e 49 anos, que buscam as práticas integrativas principalmente para tratar ansiedade, insônia, sobrecarga de tarefas e questões relacionadas ao peso. De acordo com Fernanda Pires, referência técnica das PICs na Secretaria de Saúde, a auriculoterapia é a técnica mais procurada, com benefícios relatados incluindo redução do estresse, melhora na qualidade do sono, alívio de dores musculares e articulares, controle da pressão arterial e apoio no tratamento de doenças crônicas.
Depoimentos de usuárias
Lucineia Nepomuceno Gonçalves e sua filha Lara Vitória, de 9 anos, relataram redução da ansiedade e controle de dores através da auriculoterapia. Maria Aparecida Gomes utilizou a combinação de auriculoterapia e aromaterapia como apoio para abandonar o tabagismo, conseguindo ficar seis meses sem fumar. Natália Ferreira destacou melhora significativa em dores crônicas e ansiedade, enquanto Joziele Gonçalves observou avanços na qualidade do sono.
Estrutura de atendimento
A Atenção Primária à Saúde funciona como principal porta de entrada para as práticas integrativas. Os casos que necessitam de acompanhamento especializado são encaminhados ao Centro de Reabilitação, referência municipal para estes atendimentos.
A Secretaria de Saúde reconhece os avanços obtidos, mas aponta como desafio a implementação da Lei Municipal de PICs, que deve consolidar estas práticas como política pública permanente na atenção integral à saúde do município.
